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Congresso Nacional da ABUB

Uma só Vida, uma só Verdade, um só Senhor

Data:
11/07 – 17/07

www.cn2010.abub.org.br

Visite o site do Congresso Nacional e confira a programação, palestrantes, e outras informações! Faça também a sua inscrição!

Conheça os palestrantes:
Alexandre Brasil é
doutor em sociologia e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Alexandre é coordenador-geral do Fale, rede cristã de defesa de direitos e foi conselheiro do Conselho Nacional de Juventude pelos anos de 2005 a 2008. Na ABUB foi diretor nacional de relações públicas e secretário geral adjunto, coordenando o Congresso Missionário em 2006.


Rebecca Pippert
está envolvida com a missão estudantil desde os tempos de estudante, quando fez seu curso de literatura na Espanha. Nesta época, teve contato próximo com Ruth Siemens – uma das pioneiras da ABUB.
Rebecca é autora de nove livros, incluindo o clássico “Evangelismo Natural” (Out of the Saltshaker & into the world), eleito pela revista Cristianismo Hoje como um dos livros que mais influenciaram o pensamento cristão nos últimos 50 anos. Além disso, Rebecca ainda recebeu diversos prêmios de literatura, todos a respeito da evangelização e da proclamação da mensagem de Jesus Cristo de uma forma natural e relacional.
Ela é Conselheira Sênior para Evangelização Global do Comitê Lausanne, e recentemente foi nomeada pela IFES como Instrutora Sênior de Evangelismo e Pesquisadora em Estudos Bíblicos para toda a Europa. Seu contato com movimentos estudantis ao redor do mundo é notável, e com muita alegria agora também queremos trazê-la ao Brasil.

Assista a entrevista que Rebecca fala um pouco sobre seu livro “Evangelismo Natural”.

Robinson Cavalcanti é bispo da Diocese de Recife da Igreja Anglicana do Cone Sul da América. Autor de vários livros, escreveu títulos como   e “A Igreja, o País e o Mundo – desafios a uma fé engajada.

Robinson foi obreiro (Secretário Itinerante) da ABUB na década de 70.

Valdir e Silêda Steuernagel
Valdir Steuernagel é pastor luterano, possui doutorado em missiologia, trabalha com a Visão Mundial Internacional e com o Centro de Pastoral e Missão, em Curitiba. É  também, membro da Comissão de Missão da Aliança Evangélica Mundial.  Autor de vários livros, Valdir escreve a coluna “Redescobrindo a Palavra de Deus” na revista Ultimato. Na ABUB, Valdir foi secretário geral adjunto na década de 70.

Silêda Steuernagel é tradutora e revisora (dentre os livros, “A última batalha” de As Crônicas de Nárnia, C.S Lewis). Silêda integrou a equipe do Escritório Nacional (Secretária de Literatura) na década de 70 e traduziu títulos da ABU Editora (como a “Mensagem de Romanos” de John Stott).

Ziel Machado é secretário regional da Comunidade Internacional de Estudantes Evangélicos para a América Latina. Historiador, membro da equipe pastoral da Igreja Metodista Livre da Saúde (SP) e professor de teologia, Ziel foi obreiro da ABS-Rio de Janeiro e secretário geral da ABUB, servindo a missão por 18 anos.

Espiritualidade, Justiça, Oração

Oração e surdez divina

Orar é entrar em diálogo com Deus. É o encontro mais sublime que pode existir, pois não há privilégio maior do que falar com Ele. Estar em sintonia com Aquele em quem tudo foi criado e onde todas as coisas subsistem, é o momento mais precioso de que se pode desfrutar. Nesse instante, tudo se apequena e um êxtase inigualável toma conta ante a grandeza mística de algo que a mente humana não encontra palavras para definir. Aquele que ora, ao ser tomado pela viva presença da manifestação do sagrado, deleita-se na plenitude de um amor que não existe medida capaz de quantificar.

Mas até onde Deus ouve nossas orações e qual seria o empecilho que levaria o próprio Deus a se tornar insensível? É possível que a oração, em vez de ser um encontro com o Senhor, possa ser um monólogo vazio e sem sentido, capaz até de causar a repulsa divina?

No primeiro capítulo do livro de Isaías, o Senhor deixa claro que não suporta qualquer tipo de atividade religiosa que não leve à defesa da justiça. Na equação de Deus, ativismo religioso sem compromisso com a equidade é insuportável. “Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação. As luas novas, os sábados, e a convocação de assembléias … não posso suportar a iniquidade e o ajuntamento solene” (Isaías 1:13).

A surdez de Deus para com aqueles que afirmam ser seu povo é fruto de mãos sujas de sangue da omissão ante a miséria, a exclusão e da falta de cuidado com o pobre. Os donos dessas mãos mal sabem que Deus se esconde ao vê-las levantadas, ‘para adoração’, e que tapa seus ouvidos na hora em que começam a orar. “Quando estenderdes as vossas mãos, esconderei de vós os meus olhos; e ainda que multipliqueis as vossas orações, não as ouvirei; porque as vossas mãos estão cheias de sangue” (Isaías 1:15).

Para que possamos ter o direito de ser ouvidos por Deus em nossas súplicas, é necessário que estejamos atentos para o chamado ao arrependimento, que se expressa não em declarações doutrinárias ‘corretas’, mas no compromisso efetivo com a bondade, a solidariedade e contra toda e qualquer opressão. “Lavai-vos, purificai-vos; tirai de diante dos meus olhos a maldade dos vossos atos; cessai de fazer o mal; aprendei a fazer o bem; buscai a justiça, acabai com a opressão, fazei justiça ao órfão, defendei a causa da viúva” (Isaías 1: 15– 17).

Mais do que uma vida de oração, Deus espera que nossa vida seja uma oração que expresse sua misericórdia, justiça e compaixão. Se nossa vida devocional não nos leva à sensibilidade com o sofrimento e a dor dos que estão marginalizados, é possível que nossas mãos estejam ensangüentadas e Deus se afaste de nós e de nossa religiosidade hipócrita.

Uma vida de oração se avalia não pelo tempo que se ora e sim pelos frutos que procedem do Espírito Santo. Ao sermos tomados por Deus, descobrimos para onde pulsa o coração do Pai. Que nossa vida seja nossa maior oração. Sejamos nós os portadores da esperança de Redenção que o mundo precisa conhecer.

Em Cristo, que nos ensinou a orar pedindo que o Reino venha!

Caio Marçal